A Independência do Brasil muito além dos livros de história

 

Se você sempre achou que D. Pedro I proclamou a independência com todo aquele glamour que as escolas nos ensinaram, se engana. “Às margens do rio Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a independência com o conhecido grito do Ipiranga: “Independência ou Morte”. Esse momento foi registrado em pintura e consagrado como algo heroico e célebre”. Porém, tudo indica que não foi bem assim.

A começar que Portugal exigiu do Brasil o pagamento de dois milhões de libras esterlinas, moeda da época, para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem ter todo esse dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra. Continuando ainda dependente. A camada mais pobre não acompanhou, nem entendeu o que estava acontecendo, pois, a informação era dada somente à elite agrária, que foi quem deu suporte ao Imperador, e foi quem mais se beneficiou. Dessa forma a estrutura agrária se manteve a mesma, a escravidão continuou e a distribuição de renda ainda era desigual.

Existem vários mitos ao redor de todo esse momento. Na verdade D. Pedro não estava em belíssimos cavalos como mostra a pintura e sim em jumentos que são mais resistentes para longas viagens, já que ele e sua corte subiram a Serra do Mar vindo de Santos. E ele não estava segurando uma espada e sim um chapéu.

Os elegantes uniformes militares também são um mito, pois ninguém conseguiria viajar tanto com roupas tão pesadas, ainda mais com o calor que fazia naquela época.

Mesmo sem todo esse glamour que a pintura nos mostra, a atitude de D. Pedro I entrou para a história do país e foi fundamental para a formação do Brasil que temos atualmente.