Vinhos: divinos e democráticos - Parte 1

Degustar um bom vinho é uma imersão em um universo gastronômico, uma verdadeira viagem cultural. Mas mesmo com pouco conhecimento, é possível apreciá-lo e dar os primeiros passos para se tornar um bom entendedor.

22/08/2014

Vinhos: divinos e democráticos - Parte 1

0814_vinhos_v05


Vinho para iniciantes: Explore seus sentidos na degustação


Degustar um bom vinho é uma imersão em um universo gastronômico, uma verdadeira viagem cultural. Mas mesmo com pouco conhecimento, é possível apreciá-lo e dar os primeiros passos para se tornar um bom entendedor.

Se você, no entanto, acha que desfrutar dessa bebida milenar é algo complicado e que exige alto requinte, está muito enganado. Não se esqueça de que séculos atrás ela já foi item comum e de necessidade básica por trazer inúmeros benefícios à saúde - se consumida moderadamente - e que recentemente foi estudada pela Câmara dos Deputados para ser incluída na cesta básica de todos os brasileiros.

Por isso, o Permita-se Viver decidiu desmistificar o vinho em uma série de posts para dar informações e dicas básicas que poderão garantir bons momentos cheios de conhecimentos a quem quer iniciar essa apreciação.

Nesta edição, falaremos um pouquinho sobre degustação: a maneira ideal para começar a conhecer melhor a bebida.

O vinho é a bebida resultante da fermentação do suco (mosto) de uvas frescas. Nesse processo, diversas substâncias naturais são formadas, o que diferencia um vinho do outro.
Seu sabor é determinado principalmente pelo tipo da uva, pelo processo de amadurecimento da fruta e o envelhecimento do vinho. Tudo isso irá diferenciá-lo e torná-lo mais característico, e por que não dizer especial para cada ocasião.

 

vinho-saúde

 

Comece a explorar o visual para identificar se a bebida está em boas condições.

- A cor do vinho provém da casca e da polpa da uva. No entanto, seja tinto, rosé ou branco, todos tendem a ficar com a cor âmbar (laranja-amarelo) ao passar do tempo, e nesse estágio significa que ele já não está bom para o consumo. Assim, os claros tendem a escurecer e os escuros tendem a clarear.

- Para dar o próximo passo à exploração visual, a dica é deixar principalmente os vinhos tintos mais jovens respirarem para haver a liberação dos seus verdadeiros aromas (embora nem todos necessitem desse processo). É recomendado transportar o vinho da garrafa para um decantador – recipiente de vidro ou cristal – e deixá-lo respirar de ½ hora a 1 hora  antes de tomá-lo. Caso não tenha um recipiente (se estiver em um restaurante, por exemplo), deixe-o descansar na taça enquanto bate um bom papo.

- Ao ser colocado na taça, esta deverá ser erguida contra a luz ou um fundo branco (toalha de mesa, por exemplo) para checar a coloração. A análise final é: se o líquido ficar translúcido, pode completar a taça e se deliciar; ele está bom para o consumo, se ficar turvo, não está.

- Vinhos têm lágrimas! As lágrimas são as gotas que se formam fora da taça ao girá-la e ajudam a identificar o teor alcoólico. Quanto menor for o teor de álcool, mais numerosas são as gotas e mais rápido elas escorrem pela taça. Se escorregarem lentamente, significa que há alto teor.
Geralmente os vinhos mais encorpados (menos frutados) têm maior teor alcoólico.

 

26546970_53ab2f1c08_z

 

Explore o olfato

O olfato também está envolvido na degustação. Cheirar o vinho é a antecipação do que o paladar irá sentir. Se o cheiro não agradar, há grandes chances de que o gosto também não agrade. Após conferir a coloração do vinho, aprecie seu cheiro e então gire a taça fazendo-o dançar por suas paredes, para liberar a essência do seu aroma. Sinta-o novamente e perceba a diferença desse aroma.

Os especialistas conseguem praticamente desvendar a alma do vinho pelo cheiro, mas para os iniciantes basta saber identificar se ele está ou não em boas condições, ou seja, se o cheiro é bom ou ruim. Dica: Se remeter a vinagre, borracha queimada ou mofo, por exemplo, o vinho poderá estar estragado ou velho para ser bebido (oxidado).

 

vinho-tv

 

Hora do paladar entrar em cena

Prove ingerindo uma pequena porção da bebida, deixando-a percorrer por toda a boca. Cor, cheiro e sabor aprovados? Pode servir a taça!

O vinho é uma bebida sensível e que altera seu sabor e aroma na própria garrafa. Por isso é bebido gole a gole, respeitando e apreciando cada etapa e ano de vida até a abertura de sua garrafa e depois até alcançar o suprassumo do seu sabor ao final dela.

E você pode estar pensando: “Até aqui está fácil. Mas e aquela “viagem analítica de sabor” que percebe notas de terra molhada pela chuva sagrada, com toque de couro de ovelha pastoreada no Himalaia e buquê de rosas vermelhas dos jardins do Éden??!”
Esqueça isso, apenas curta! Obviamente esses aromas citados acima foram uma brincadeira somente para ilustrar aquilo que faz a apreciação do vinho parecer tão complicada. Deixe a interpretação de aromas e nuances para um especialista, ok?

 

winephoto7-520x329

 

 

Agora que você já conhece o básico de todo o ritual, fique ligado no blog para conhecer as principais uvas e sua harmonização, ou seja, a combinação de pratos e vinhos.

 

 

 

 

 

Comentar
Momentum
Voltar ao topo
SUCESSO 
 
texto
mensagem
texto